"150 anos de Ação Humanitária" conta história do CICV em fotos
04-04-2014 Galeria de fotos
Um século e meio de trabalho de assistência e proteção de vítimas de conflitos armados e outras situações de emergência ao redor do mundo. É o que a exposição fotográfica "150 anos de Ação Humanitária", apresentada no Memorial da América Latina, em São Paulo, de 05 a 20 de abril, mostrará através de imagens. O público poderá conhecer os primórdios da ação humanitária do CICV durante a guerra entre a Rússia e a Turquia; a ajuda às vítimas das duas Grandes Guerras Mundiais e ao longo das décadas em diversos países, como o Iêmen, Vietnã, Etiópia e Nigéria, além dos conflitos mais recentes que abalam o mundo, como o da Síria e o da República Centro-Africana. Na América do Sul, a primeira atuação do CICV foi durante a Guerra do Chaco, entre a Bolívia e o Paraguai, nos anos 1930.
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Suíça (1863). O ‘Comitê dos Cinco’, formado por Henry Dunant e outros quatro expoentes da sociedade suíça, fundou o Comitê Internacional de Ajuda aos Feridos , em Genebra, em 17 de fevereiro de 1863, que daria origem ao CICV. Entre os princípios que guiavam o grupo, estavam a neutralidade e a proteção para os soldados feridos; a utilização de forças voluntárias de ajuda de emergência no campo de batalha; a organização de conferências adicionais para promulgar estes conceitos em tratados internacionais juridicamente vinculativos; e a introdução de um símbolo de proteção distintivo comum para as equipes médicas em conflitos: um bracelete branco com uma cruz vermelha.
© Arquivo CICV / V-P-HIST-00113
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Suíça (1863). O ‘Comitê dos Cinco’, formado por Henry Dunant e outros quatro expoentes da sociedade suíça, fundou o Comitê Internacional de Ajuda aos Feridos , em Genebra, em 17 de fevereiro de 1863, que daria origem ao CICV. Entre os princípios que guiavam o grupo, estavam a neutralidade e a proteção para os soldados feridos; a utilização de forças voluntárias de ajuda de emergência no campo de batalha; a organização de conferências adicionais para promulgar estes conceitos em tratados internacionais juridicamente vinculativos; e a introdução de um símbolo de proteção distintivo comum para as equipes médicas em conflitos: um bracelete branco com uma cruz vermelha.
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Região da atual Macedônia, Guerra Turco-Russa (1877-1878). Evacuação de feridos em ambulâncias com o emblema da Cruz Vermelha. As primeiras revoltas contra o Império Otomano, iniciadas em 1875, espalharam-se pelos Bálcãs, fazendo com que o CICV enviasse pela primeira vez uma equipe em missão ao terreno. Três representantes (delegados) do CICV viajaram à região para assistir as populações deslocadas.
Durante o conflito, a Turquia mudou o emblema dos seus serviços de socorro (usado nas ambulâncias, hospitais e pelo corpo médico, uma cruz vermelha sobre um fundo branco), adotando o crescente vermelho.
© Arquivo CICV / hist-00142
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Região da atual Macedônia, Guerra Turco-Russa (1877-1878). Evacuação de feridos em ambulâncias com o emblema da Cruz Vermelha. As primeiras revoltas contra o Império Otomano, iniciadas em 1875, espalharam-se pelos Bálcãs, fazendo com que o CICV enviasse pela primeira vez uma equipe em missão ao terreno. Três representantes (delegados) do CICV viajaram à região para assistir as populações deslocadas.
Durante o conflito, a Turquia mudou o emblema dos seus serviços de socorro (usado nas ambulâncias, hospitais e pelo corpo médico, uma cruz vermelha sobre um fundo branco), adotando o crescente vermelho.
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França, Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Soldados feridos na Batalha de Estaire, cegos depois de um ataque de armas químicas, aguardam atenção médica em um posto próximo a Béthune, cidade do norte da França, em abril de 1918.
© Arquivo CICV / V-P-HIST-03088-25
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França, Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Soldados feridos na Batalha de Estaire, cegos depois de um ataque de armas químicas, aguardam atenção médica em um posto próximo a Béthune, cidade do norte da França, em abril de 1918.
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Paraguai (1932-1935). Durante a Guerra do Chaco, feridos de guerra recebem atendimento em um posto de primeiros socorros na linha de frente, no qual se enfrentaram Bolívia e Paraguai. Trata-se da primeira operação humanitária do CICV na América do Sul.
/ V-P-HIST-03404-09
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Paraguai (1932-1935). Durante a Guerra do Chaco, feridos de guerra recebem atendimento em um posto de primeiros socorros na linha de frente, no qual se enfrentaram Bolívia e Paraguai. Trata-se da primeira operação humanitária do CICV na América do Sul.
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Suíça, Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A Cruz Vermelha Suíça e o CICV acompanham 300 sobreviventes do campo de concentração de Ravensbrück, na Alemanha, à cidade de Kreuzlingen, na Suíça. Uma das grandes manchas na história do CICV foi seu fracasso em ajudar as vítimas do nazismo presas nos campos de concentração.
© Arquivo CICV / hist-00992-54
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Suíça, Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A Cruz Vermelha Suíça e o CICV acompanham 300 sobreviventes do campo de concentração de Ravensbrück, na Alemanha, à cidade de Kreuzlingen, na Suíça. Uma das grandes manchas na história do CICV foi seu fracasso em ajudar as vítimas do nazismo presas nos campos de concentração.
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Japão, Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Nagasaki, 10 de agosto de 1945, um dia após a explosão da bomba atômica. Estima-se que entre 60 e 80 mil pessoas morreram na cidade nos primeiros quatro meses após a tragédia, sendo a maioria delas civis. Nas semanas que se seguiram, as operações de ajuda humanitária foram extremamente difíceis, mas, mesmo assim, membros da Cruz Vermelha do Japão e do CICV não pouparam esforços para aliviar o sofrimento das populações afetadas pelo desastre atômico, em muitos casos desconsiderando os efeitos da radiação sobre eles mesmos. Poucas semanas após a explosão das duas bombas, o CICV conclamou os Estados à chegar a um acordo que proibisse o uso de armas atômicas, o que reivindica até os dias de hoje.
© CICV/ Yosuke Yamahata / V-P-HIST-00261-31
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Japão, Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Nagasaki, 10 de agosto de 1945, um dia após a explosão da bomba atômica. Estima-se que entre 60 e 80 mil pessoas morreram na cidade nos primeiros quatro meses após a tragédia, sendo a maioria delas civis. Nas semanas que se seguiram, as operações de ajuda humanitária foram extremamente difíceis, mas, mesmo assim, membros da Cruz Vermelha do Japão e do CICV não pouparam esforços para aliviar o sofrimento das populações afetadas pelo desastre atômico, em muitos casos desconsiderando os efeitos da radiação sobre eles mesmos. Poucas semanas após a explosão das duas bombas, o CICV conclamou os Estados à chegar a um acordo que proibisse o uso de armas atômicas, o que reivindica até os dias de hoje.
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Iêmen, Guerra Civil do Iêmen do Norte (1962-1970). Em 1964, delegados do CICV são recebidos por guerreiros de uma tribo monarquista. Além das usuais atividades de proteção e assistência às vítimas, o CICV passou, a partir dessa operação, a oferecer serviços de assistência à saúde aos civis. Um hospital de campanha com uma sala de cirurgia completamente equipada foi montada no meio do deserto de Uqd, onde mais de 200 intervenções cirúrgicas foram realizadas entre 1963 e 1965.
© CICV/André Rochat / V-P-CL-N-00004-23
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Iêmen, Guerra Civil do Iêmen do Norte (1962-1970). Em 1964, delegados do CICV são recebidos por guerreiros de uma tribo monarquista. Além das usuais atividades de proteção e assistência às vítimas, o CICV passou, a partir dessa operação, a oferecer serviços de assistência à saúde aos civis. Um hospital de campanha com uma sala de cirurgia completamente equipada foi montada no meio do deserto de Uqd, onde mais de 200 intervenções cirúrgicas foram realizadas entre 1963 e 1965.
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Chile, Regime militar (1973-1990). Em Santiago, em 1976, um delegado do CICV visita um detido durante o regime militar de Augusto Pinochet. O CICV visita pessoas privadas de liberdade por conflitos armados e outras situações de violência a fim de garantir que recebam um tratamento digno e humano.
© CICV/Melchior Trumpy / V-P-CL-N-00004-23
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Chile, Regime militar (1973-1990). Em Santiago, em 1976, um delegado do CICV visita um detido durante o regime militar de Augusto Pinochet. O CICV visita pessoas privadas de liberdade por conflitos armados e outras situações de violência a fim de garantir que recebam um tratamento digno e humano.
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Etiópia, Guerra Civil (1974-1991). Em Tigré, Adwa, em março de 1985, deslocados internos etíopes se reúnem antes de distribuição de alimentos do CICV. Em decorrência da fome que o país enfrentou em 1984 e 1985, as operações de socorro do CICV e da Cruz Vermelha da Etiópia foram ampliadas. Apenas em 1985, foram distribuídas mais de cem mil toneladas de alimentos e artigos de primeira necessidade.
© CICV/Dany Gignoux / V-P-ET-N-00074-16
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Etiópia, Guerra Civil (1974-1991). Em Tigré, Adwa, em março de 1985, deslocados internos etíopes se reúnem antes de distribuição de alimentos do CICV. Em decorrência da fome que o país enfrentou em 1984 e 1985, as operações de socorro do CICV e da Cruz Vermelha da Etiópia foram ampliadas. Apenas em 1985, foram distribuídas mais de cem mil toneladas de alimentos e artigos de primeira necessidade.
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Uruguai, Conflito do Atlântico Sul (1982). Delegados do CICV conversam com um oficial em um navio hospital inglês durante operação de translado de soldados argentinos. O CICV agiu no marco do conflito armado mais conhecido como Guerra das Falklands/Malvinas a partir de abril de 1982. Entre outras atividades, delegados do CICV visitaram e registraram mais de 11 mil prisioneiros de guerra. Desde 1949, este foi o primeiro caso no qual se aplicou, em grande escala, a II Convenção de Genebra, que assiste os feridos, doentes e náufragos da Forças Armadas no mar.
© CICV/Luc Chessex / V-P-fk-n-00005-19
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Uruguai, Conflito do Atlântico Sul (1982). Delegados do CICV conversam com um oficial em um navio hospital inglês durante operação de translado de soldados argentinos. O CICV agiu no marco do conflito armado mais conhecido como Guerra das Falklands/Malvinas a partir de abril de 1982. Entre outras atividades, delegados do CICV visitaram e registraram mais de 11 mil prisioneiros de guerra. Desde 1949, este foi o primeiro caso no qual se aplicou, em grande escala, a II Convenção de Genebra, que assiste os feridos, doentes e náufragos da Forças Armadas no mar.
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Armênia, Guerra de Nagorno-Karabakh (1988-1994). Em 2005, onze anos após o fim das hostilidades, mães relembram seus filhos desaparecidos. Desde 1992, quando o CICV passou a trabalhar no conflito entre a Armênia e o Azerbaijão, a organização colabora com as autoridades para que cumpram com as suas obrigações segundo o Direito Internacional Humanitário (DIH), o qual estipula que as pessoas têm o direito de saber o ocorrido com os seus parentes desaparecidos. O CICV incentiva as autoridades da Armênia e Azerbaijão a pesquisar e informar as famílias sobre os avanços.
© CICV/Boris Heger
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Armênia, Guerra de Nagorno-Karabakh (1988-1994). Em 2005, onze anos após o fim das hostilidades, mães relembram seus filhos desaparecidos. Desde 1992, quando o CICV passou a trabalhar no conflito entre a Armênia e o Azerbaijão, a organização colabora com as autoridades para que cumpram com as suas obrigações segundo o Direito Internacional Humanitário (DIH), o qual estipula que as pessoas têm o direito de saber o ocorrido com os seus parentes desaparecidos. O CICV incentiva as autoridades da Armênia e Azerbaijão a pesquisar e informar as famílias sobre os avanços.
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Libéria (2006). Delegados do CICV visitam detidos do Presídio Central de Monróvia por razões de segurança. As atividades relacionadas com a detenção continuam sendo uma prioridade para o CICV.
© CICV/Boris Heger / V-P-LR-E-00259
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Libéria (2006). Delegados do CICV visitam detidos do Presídio Central de Monróvia por razões de segurança. As atividades relacionadas com a detenção continuam sendo uma prioridade para o CICV.
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Conflito armado na Colômbia (de 1964 aos dias de hoje). Aeroporto de Villavicencio, 2012. Quatro soldados e seis policiais em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc-EP) são liberados com o apoio do CICV e do Exército brasileiro. Desde 1994, o CICV ajudou a liberar a mais de 1.500 pessoas no país, ao atuar como intermediário neutro.
© CICV/Boris Heger / V-P-CO-E-02347
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Conflito armado na Colômbia (de 1964 aos dias de hoje). Aeroporto de Villavicencio, 2012. Quatro soldados e seis policiais em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc-EP) são liberados com o apoio do CICV e do Exército brasileiro. Desde 1994, o CICV ajudou a liberar a mais de 1.500 pessoas no país, ao atuar como intermediário neutro.
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Síria, Guerra Civil (2011-presente). Pessoas carregam corpo de um parente pelas ruas de Aleppo em 2012. Calcula-se que mais de 100 mil civis foram mortos desde o início do conflito armado. Em três anos, mais de nove milhões de sírios carecem de assistência urgente, incluindo 6,5 milhões de pessoas deslocadas dentro do próprio país - metade das quais são crianças - que se esforçam para sobreviver em meio ao conflito. Outras 2,4 milhões de pessoas fugiram da Síria e buscaram refúgio, principalmente nos países vizinhos. Todos os meses, o Crescente Vermelho Árabe Sírio (CVAR) assiste a mais de três milhões de pessoas.
© CICV/Ricardo Garcia Vilanova / v-p-sy-e-00234h
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Síria, Guerra Civil (2011-presente). Pessoas carregam corpo de um parente pelas ruas de Aleppo em 2012. Calcula-se que mais de 100 mil civis foram mortos desde o início do conflito armado. Em três anos, mais de nove milhões de sírios carecem de assistência urgente, incluindo 6,5 milhões de pessoas deslocadas dentro do próprio país - metade das quais são crianças - que se esforçam para sobreviver em meio ao conflito. Outras 2,4 milhões de pessoas fugiram da Síria e buscaram refúgio, principalmente nos países vizinhos. Todos os meses, o Crescente Vermelho Árabe Sírio (CVAR) assiste a mais de três milhões de pessoas.
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República Centro-Africana, Conflito (2012 - presente). Em 2014, no Hospital Comunitário de Bangui, capital do país, uma jovem recebe terapia para recuperar a mobilidade após ser ferida em uma explosão de granada. A violência no país recomeçou em dezembro de 2012, após cerca de cinco anos de relativa tranquilidade. O CICV presta assistência emergencial e reabilita as instalações de água e saneamento, além de visitar detidos, restabelecer laços entre familiares separados pelo conflito e promover o DIH.
© CICV/Annibale Greco / car-04-medical-140307
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República Centro-Africana, Conflito (2012 - presente). Em 2014, no Hospital Comunitário de Bangui, capital do país, uma jovem recebe terapia para recuperar a mobilidade após ser ferida em uma explosão de granada. A violência no país recomeçou em dezembro de 2012, após cerca de cinco anos de relativa tranquilidade. O CICV presta assistência emergencial e reabilita as instalações de água e saneamento, além de visitar detidos, restabelecer laços entre familiares separados pelo conflito e promover o DIH.