Jeremy* ainda era criança quando perdeu a mãe, vítima de um acidente na Venezuela. Hoje com 15 anos, ele tem memórias duras demais para um adolescente. "Meu pai me abandonou e eu fiquei meses na rua", disse o garoto, acolhido no abrigo para adolescentes do sexo masculino, em Boa Vista, capital de Roraima.
Em uma tarde de 2020, ele conseguiu falar por telefone com a avó na Venezuela. O telefonema, disponibilizado pelo programa de Restabelecimento de Laços Familiares (RLF) do CICV, emocionou os dois, que tinham se visto pela última vez quase um ano antes. "Me sinto feliz quando falo com ela", descreveu o adolescente, com os olhos ainda úmidos.