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Minas antipessoal: um legado de guerra

As minas antipessoal, as munições cluster e outros resíduos explosivos de guerra continuam provocando graves danos muito tempo após o fim dos conflitos e a assinatura dos acordos de paz. Na última década, mais de 50 mil pessoas perderam seus membros ou vidas devido a essas armas.

O Dia Internacional da Conscientização sobre as Minas Terrestres e da Assistência na Ação contra as Minas é lembrado no mundo inteiro no dia 4 de abril todos os anos. Serve para lembrar a comunidade internacional de ajudar a estabelecer e desenvolver capacidades nacionais de ação contra as minas em países onde esses artefatos são uma séria ameaça à segurança – e à vida – da população civil ou um empecilho ao desenvolvimento social e econômico.

Custo humano

Entre o final de 2013 e o início de 2014, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) enviou cinco fotógrafos a cinco países – Bósnia e Herzegovina, Iraque, Laos, Moçambique e Nicarágua – para registrar o custo humano causado pelas minas e outros resíduos explosivos de guerra. As imagens capturam tanto o trabalho dedicado das pessoas envolvidas nas operações de desminagem, como a angústia e a resiliência dos sobreviventes.

O CICV permanece ativo nos esforços de descontaminação de minas em muitos outros países, como Afeganistão, Camboja, Chade, El Salvador, Etiópia, Guiné Bissau, Iêmen, Índia, Iraque, Myanmar, Níger, Paquistão, Peru, República Democrática do Congo, Sudão, Sudão do Sul, Tadjiquistão e Ucrânia. 

A organização recolhe e analisa dados, além de fazer levantamentos e remoção de minas terrestres e de outros resíduos explosivos de guerra. O CICV também realiza atividades relacionadas com a redução de riscos e a educação quanto aos riscos. Ademais, as vítimas de minas terrestres e resíduos explosivos de guerra se beneficiam com a reabilitação física, atendimento cirúrgico e programas de segurança econômica oferecidos pelo CICV.