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Dia Mundial da Saúde Mental: ajudando aqueles que ajudam outras pessoas

Praticamente em todos os lugares onde trabalha, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) trabalha lado a lado com pessoas comuns que comprometem a sua energia, paixão e conhecimento para fortalecer as suas comunidades durante os momentos mais difíceis.

Conhecidas também como "ajudantes", essas pessoas vivenciam as mesmas dificuldades que as outras das sua comunidades, como a morte de entes queridos ou a perda das suas casas. Ainda assim, todos os dias, elas dedicam o seu tempo par ajudar as pessoas necessitadas.

O CICV entende que as comunidades têm os seus próprios recursos para lidar com questões de saúde mental e, com apoio, podem ser empoderadas para solucionar os seus próprios problemas de maneiras sustentáveis e respeitando as sensibilidades culturais.

México: treinamento em gestão de estresse para equipes de primeira resposta

Quando um incidente violento ocorre em Ciudad Juarez, os paramédicos da Cruz Vermelha Mexicana quase sempre são os primeiros a responder e ajudar os feridos. Essas pessoas, que trabalham onde ocorre a ação durante emergências no México, estão muitas vezes expostas a situações difíceis que podem ter um grande impacto no seu bem-estar mental.

Para apoiar as equipes de primeira resposta no México (e no mundo todo), o CICV oferece treinamento em gestão de estresse, apoio psicológico e psicossocial, de modo que essas pessoas tenham a compreensão e as ferramentas para lidar com experiências desafiantes.

Gaza: apoio em saúde mental para profissionais de saúde

Após o cessar-fogo entre Gaza e Israel, no dia 26 de agosto de 2014, as equipes de saúde, bombeiros, motoristas de ambulâncias e outros profissionais tiveram de lidar e superar os eventos traumáticos vivenciados e o estresse e a pressão extremos subsequentes que sentiam.

Para ajudar a garantir o seu bem-estar e a sua saúde, o CICV e o Ministério da Saúde lançaram o programa "Ajudando a quem ajuda".

Uganda: acompanhando as famílias de pessoas desaparecidas

Uma sessão de grupo, comandada pela "acompanhante" do CICV, fornece apoio às famílias de pessoas desaparecidas em Uganda. CC BY-NC-ND / CICV / Monica Mukerjee

Entre 1986 e 2006, cerca de 75 mil pessoas foram raptadas no norte de Uganda. As famílias dessas pessoas vivem na incerteza, sem poder verdadeiramente lamentar a morte delas e na esperança de que possam um dia retornar.

Para ajudar essas famílias de Uganda (e outras no mundo todo) a lidarem com o seu sofrimento e dificuldades, o CICV realiza diversas atividades de saúde mental e psicossocial que permitem que os membros da comunidade local prestem apoio a essas pessoas e ajudem a suportar a dor.

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Curando feridas ocultas