Tailândia: ajuda financeira restabelece meios de subsistência para famílias afetadas por distúrbios
![](/sites/default/files/styles/desktop_full/public/document/image/150708-thailand-micro-economic-assistance-image-01jpg.jpg.webp?itok=meH3Fo9p)
Os distúrbios no sul da Tailândia continuam afetando inúmeras famílias. Muitas vidas foram transtornadas pela perda ou detenção de um parente (muitas vezes o arrimo da família), ou pelos cuidados aos entes queridos que foram feridos nos distúrbios.
Nopharat Sani e Wanphen Inthongkaew vivem em Tambon Thung Phala, distrito de Kok-pho, há mais de 40 anos. As irmãs saíam frequentemente de moto até o mercado mais próximo.
Elas lembram nitidamente o dia que mudou a vida delas.
Em abril de 2013, Nopharat e Wanphen estavam a caminho das compras quando elas foram alvejadas. Ambas as mulheres caíram das suas motos. Nopharat foi atingida no quadril direito e Wanphen, na perna direita. Elas foram levadas rapidamente ao pronto-socorro do Hospital Provincial de Pattani.
Nessas circunstâncias infelizes, as irmãs tiveram o primeiro encontro com o CICV.
Ajuda financeira
"Não sabia como o CICV ficou sabendo que eu estava ferida. Mas eles me disseram que seguem todos os incidentes nas fronteiras das províncias do sul. Escutaram falar do meu ataque e vieram me visitar", lembra Wanphen.
"No início, eu não conseguia trabalhar; fiquei em casa nos primeiros meses. A minha situação financeira ficou muito ruim. Desde que recebi a ajuda financeira do CICV, melhorou muito".
"Antes, eu não podia fazer sobremesas na minha barraca de comida porque não tinha o equipamento. Quando o CICV me trouxe um moedor de gelo, me ajudou financeiramente. Eu fazia 100 "bahts" – agora faço 200. Não é o bastante para poupar – os meus filhos ainda têm de ir à escola. Mas é suficiente para cobrir as minhas despesas."
Wanphen, na sua barraca de comida no distrito de Kok-pho na Tailândia, recebeu ajuda financeira do CICV depois de ter sido ferida por um tiro. CC BY-NC-ND / CICV / Kanya Chimroylarp
Restabelecimento dos meios de sobrevivência
O estado de saúde de Nopharat era muito mais grave. Depois de levar o tiro, ela não pode caminhar durante oito meses. Hoje, ela sofre com os seus ferimentos que demoram para cicatrizar.
"Quando eu estava no hospital, o CICV veio me visitar, mas eu não tinha consciência de quem me visitava naquele momento. Eles não só voltaram a me visitar no hospital, mas também me acompanharam quando recebi alta e voltei para casa", conta ela.
"Eles vieram ver que trabalho eu fazia, para saber se era sustentável – e então me ajudaram a trabalhar".
Nopharat recebeu uma máquina de costura do CICV e agora trabalha como costureira em casa, retomando a sua vida normal na medida do possível – apesar dos constantes desafios.
Em 2011, o CICV lançou a Iniciativa Microeconômica para restabelecer os meios de subsistência das pessoas afetadas diretamente pelos distúrbios na Tailândia. O programa propicia ajuda financeira para as pessoas iniciarem atividades econômicas simples que possam gerar renda para si e as suas famílias.