Dezenas de milhares de pessoas dependem da ajuda humanitária que chega até elas por essas rotas. Faltam remédios que salvam vidas e artigos básicos, como produtos de higiene e leite para bebês.
Frutas, vegetais e pão estão cada vez mais escassos e caros, e alguns outros produtos alimentícios, como laticínios, óleo de girassol, cereais, peixe e frango, não estão disponíveis. Já passaram várias semanas desde a última vez que o CICV foi autorizado a levar artigos médicos e alimentos básicos para a região.
"Nossos comboios de ajuda humanitária salvam vidas da população nesta área. Por causa dos bloqueios, receamos que a situação humanitária piore ainda mais", afirmou a diretora regional do CICV para a Eurásia, Ariane Bauer.
"Estamos mais preocupados com aquelas pessoas que não podem se manter por conta própria. As que estão doentes ou que têm doenças crônicas estão particularmente em risco, assim como idosos, enfermos e crianças. Para trabalhar aqui, precisamos que as partes cheguem a um consenso humanitário. Este é um trabalho que salva vidas e deve poder continuar", disse Bauer.
De acordo com o Direito Internacional Humanitário (DIH), as partes devem permitir e facilitar que a ajuda humanitária chegue de modo rápido e sem obstáculos às populações civis necessitadas. Isso inclui provisões médicas e alimentos básicos.
O trabalho do CICV é estritamente humanitário. Conseguimos evacuar 24 pacientes pelo corredor de Lachin nos últimos dias, garantindo que recebam o tratamento médico de que precisam, e isso nos incentiva. Ao todo, a organização conduziu a evacuação de mais de 600 pessoas que precisavam urgentemente de cuidados médicos desde dezembro de 2022.
O CICV continua seu diálogo bilateral com as partes e está a postos para dar continuidade a seu trabalho humanitário assim que houver um consenso.
Mais informações:
Fatima Sator, CICV Genebra, Tel.: +41 79 848 49 08, fsator@icrc.org
