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Dia Mundial dos Refugiados 2015

Síria, Iraque e Burundi são exemplos de uma crise humanitária crescente que vem forçando milhões de pessoas a fugirem das suas casas. Milhares de pessoas deixam suas comunidades todos os dias. Saiba mais sobre o Dia Mundial dos Regufiados 2015.

Dia Mundial dos Refugiados 2015: Os números

    • Mais de 3,7 milhões de refugiados sírios fugiram para países vizinhos
    • Estima-se que 11 milhões de pessoas se deslocaram dentro dos seus países no Oriente Médio
    • Mais de 4,5 milhões de pessoas se deslocaram internamente na África Sub-Saariana em 2014


O CICV dá apoio aos refugiados, incluindo comida, água limpa, assistência à saúde e ajuda a colocar famílias obrigadas a fugir novamente em contato.

Líbano: crianças sírias refugiadas recebem tratamento em hospital do CICV

Quando não está fazendo selfies com o telefone da mãe, Ahmad, de nove anos, troca os curativos das suas pernas amputadas e inspeciona sozinho os seus ferimentos que estão cicatrizando.

Quatro anos atrás, em Idlib, Síria, um morteiro caiu perto da casa de Ahmad, onde ele brincava. Ele perdeu as duas pernas no ato.

Ahmad tem recebido tratamento no Centro em Treinamento em Traumatologia por Armas de Fogo (WTTC) há meses. CC BY-NC-ND / CICV / Hussein Baydoun

Ahmad é o mais novo dos meus cinco filhos", explica a sua mãe, Yaman. "Depois que se feriu, ele passou por cirurgias e terapia, antes de nos mudarmos para o Líbano, em 2012, mas não foi suficiente. Desde o acidente, com frequência ele sofre dores lancinantes".

Ao chegar ao Líbano, ele foi submetido a outra operação, mas as dores não iam embora. Ahmad está agora sob os cuidados do CICV no Centro em Treinamento em Traumatologia por Armas de Fogo (WTTC) há três meses.

Leia a história completa de Ahmad.

 

Ahmad tem recebido tratamento no Centro em Treinamento em Traumatologia por Armas de Fogo (WTTC) há meses. CC BY-NC-ND / CICV / Hussein Baydoun

Tanzânia: em meio a um mar de refugiados, uma família é reunida

Augustine Minani pensou que nunca mais voltaria a ver os filhos de novo. Temendo pela sua vida depois dos ataques mortais que atingiram o seu bairro no Burundi, este homem de 31 anos e a esposa fugiram de casa. Mas os seus dois filhos pequenos, Brighton e Bruce, ficaram para trás.

"Eles estavam na casa do meu irmão mais velho na noite do ataque e não pude buscá-los para que eles viessem conosco", contou Augustine. "Os meus vizinhos foram mortos pelos soldados e eles agora estavam me procurando. Como tenho instrução, queriam me recrutar, mas eu sabia que nunca poderia juntar-me a eles".

Refugiados recém-chegados do Burundi registrados por um membro da Cruz Vermelha no campo de refugiados de Nyagurusu em Mekere, Tanzânia. CC BY-NC-ND / CICV / Kate Holt

Augustine e a esposa caminharam durante cinco dias, atravessando do Burundi até a Tanzânia, onde se instalaram no campo de refugiados de Nyagurusu. Mais de 50 mil refugiados agora vivem em Nyagurusu por medo de que a violência política que desatou no período que antecede as eleições presidenciais possa afetá-los.

Cerca de 60% dos refugiados em Nyagurusu são crianças. Quis o acaso que duas dessas muitas crianças fossem os filhos de Augustine.

Leia a história completa de Augustine.

Consolate Manirakiza, que fugiu da violência em curso em Burundi, procura informações em um quadro de notícias da Cruz Vermelhaa para pessoas que buscam famílias desaparecidas no campo de regugiados de Nyagurusu, em Mekere, Tanzânia. CC BY-NC-ND / CICV / Kate Holt