A chefe da delegação do CICV no Iêmen, Katharina Ritz, testemunhou o dramático impacto dos combates em ambos os lados da linha de frente neste mês. "Atos de violência contra a população civil e pessoas sob custódia das partes não são apenas violações do Direito Internacional Humanitário (DIH): eles negam os princípios básicos da humanidade", afirma Ritz depois de visitar as equipes do CICV que trabalham para ajudar as comunidades da linha de frente em Ma'reb e Hodeida. "Mesmo em meio a uma batalha, os combatentes devem proteger as vidas e o bem-estar da população civil e de quem está fora de combate."
Muitas das pessoas deslocadas abandonaram as suas casas sem trazer nada consigo e enfrentam dificuldades para garantir um abrigo decente e acesso a serviços saturados para elas e para as suas famílias. "As pessoas afetadas pelos combates e as recém-desabrigadas precisam de ajuda com urgência", declarou Ritz. "Algumas famílias foram obrigadas a se mudar várias vezes e estão exaustas. O CICV insta todas as partes no conflito em curso a limitar o sofrimento humano, proteger a propriedade civil e a infraestrutura essencial, incluindo estabelecimentos de saúde e abastecimento de água, permitindo que as pessoas deslocadas se abriguem em locais seguros, longe dos combates e proporcionando acesso incondicional e seguro a quem quer que trabalhe para ajudar as pessoas necessitadas." À medida que os combates se intensificam e o deslocamento continua, esta mensagem crítica permanece crítica.
A assistência à saúde em todo o país foi atingida de forma particularmente dura pelo conflito prolongado no Iêmen e agora estão ainda mais saturados em Ma'reb e Hodeida em decorrência do aumento dos combates. Muitos hospitais e centros de saúde carecem de pessoal, medicamentos e outros materiais, o que os torna incapazes de lidar com as vítimas do conflito e outras necessidades crescentes.