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Atividades da Delegação do CICV para México, América Central e Cuba

A delegação da Cidade do México atende a Costa Rica, Cuba, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua e Panamá. Ajuda os migrantes e as famílias de pessoas desaparecidas, zela pelo bem-estar de detidos, participa da prevenção de violência entre jovens, apoia as Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e promove o DIH e o DIDH. A delegação iniciou suas atividades em 1998 e se tornou regional em 2002.

Com o objetivo de ajudar a lidar com os crescentes problemas que afetam os migrantes na região, o CICV presta apoio aos mais vulneráveis entre eles, em particular às pessoas que sofreram amputações. A organização coopera com a Cruz Vermelha Mexicana, prestando primeiros socorros para os migrantes na fronteira do México com os Estados Unidos e trabalha com a Cruz Vermelha Guatemalteca, prestando assistência aos migrantes repatriados na fronteira da Guatemala com o México.

Entre os meses de fevereiro e de maio de 2011, mais de 2.300 migrantes receberam apoio da Cruz Vermelha e 25 pacientes foram tratados com sucesso nos programas de adaptação de próteses administrados pelo CICV em centros de reabilitação no México, em Honduras e na Guatemala.

No México, o CICV colabora em atividades que têm como objetivo estabelecer um padrão de procedimentos forenses a ser utilizado durante os trabalhos com restos mortais, visando reduzir o número de pessoas, inclusive migrantes, que são enterradas sem serem identificadas. Na Guatemala, o principal objetivo do CICV é esclarecer o paradeiro de pessoas desaparecidas durante o conflito armado interno, cooperando com seus conhecimentos especializados em áreas como ciência forense, gerenciamento de dados e aconselhamento psicológico para as famílias de desaparecidos.

Devido a que a violência entre quadrilhas continua tirando a tranquilidade da vida nas comunidades, o CICV oferece seu apoio a dois projetos na Cidade de Guatemala que procuram prevenir a violência juvenil, ambos administrados pelas Sociedades da Cruz Vermelha da Guatemala e da Espanha. Em Honduras, o CICV e o Ministério da Educação criaram um projeto que oferece educação, proteção e assistência a alunos de 20 escolas afetadas pela violência organizada. A Cruz Vermelha Hondurenha presta primeiros socorros.

Visitas aos detidos

No México, o CICV visita pessoas detidas por suposto vínculo com grupos armados ou capturadas durante confrontos com forças de segurança, relacionados, sobretudo, com temas sociais, étnicos e de disputas por terras. No Panamá, continuam as visitas a cidadãos colombianos acusados de manter vínculos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O CICV e a Cruz Vermelha Panamenha procuram melhorar o acesso à assistência básica à saúde, serviços dentários e água potável para a população residente na área de Alto Tuira, na região panamenha de Darién, na fronteira com a Colômbia.

No México, na Guatemala e em El Salvador, o CICV coopera com as Sociedades Nacionais ajudando os migrantes. Em todos os países atendidos pela Delegação Regional, o CICV coopera com as Sociedades Nacionais no restabelecimento de contatos entre membros de famílias que ficaram divididas e promove políticas de "Acesso Seguro" para garantir que os membros da Cruz Vermelha operem em áreas de alto risco com maior segurança.

Promoção das normas jurídicas

O CICV trabalha com as forças armadas na maioria dos países da região visando integrar o DIH e os princípios jurídicos e humanitários que regem o uso da força, em programas e manuais de treinamento. Em seu trabalho junto às forças policiais da região, o CICV promove o cumprimento das regras dos direitos humanos que regulamentam o uso da força no cumprimento da lei.

Com a finalidade de assegurar um maior respeito às normas do DIH, o CICV apoia os Estados em seus esforços para implementar, integrar e promover tratados e regras jurídicas consuetudinárias em nível nacional, trabalhando tanto com as forças armadas e de segurança como com organismos tais como os Comitês Nacionais de Direitos de DIH. As principais prioridades são os tratados sobre o uso de armas, a repressão aos crimes de guerra, o desaparecimento de pessoas (e assuntos forenses relacionados) e a regulamentação do uso da força.

O CICV está ampliando seu diálogo com círculos acadêmicos visando divulgar, implementar e desenvolver o DIH, assim como aprofundar sua análise das consequências humanitárias da violência ocorrida na região.