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Madagascar: desnutrição pode transformar uma sentença de prisão em uma sentença de morte

Quase um em cada dois prisioneiros em Madagascar sofre de desnutrição moderada ou severa. Em 2015, identificaram-se mais de 9 mil reclusos nessa situação, sendo tratados dentro do programa de nutrição de emergência que visa recuperar esta população extremamente vulnerável e prevenir as mortes por desnutrição. Com mais de 4 mil presos tratados até agora, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) está em vias de alcançar os números de 2015 até o final do ano.

Madagascar foi severamente atingida pela crise econômica e as autoridades enfrentam dificuldades para alimentar a população carcerária de 22 mil. Este é o motivo pelo qual o CICV lançou um programa nacional de nutrição, em 2011, com a participação ativa das autoridades prisionais, que tinham grande preocupação pelo bem-estar dos reclusos.

Como explica Brigitte Doppler, a nutricionista responsável pelo programa: “É totalmente insuficiente, tanto em termos quantitativos, com relação à produção de energia, como qualitativo. No longo prazo, se não houver outra ingestão de calorias, o resultado inevitável será a morte”.