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Mostra fotográfica retrata vítimas civis pelo mundo

Na última segunda-feira, 14 de setembro, foi inaugurada a mostra fotográfica "Junto às vítimas – a Suíça Humanitária o Comitê Internacional da Cruz Vermelha", no Museu Nacional da República, Brasília. Falando ao público presente, Wagner Barja, diretor do Museu, afirmou que a exposição contextualiza por meio das imagens os momentos difíceis pelos quais a humanidade está passando. "Ela nos ensina a entender o mundo em que vivemos e mostra porque é importante trabalharmos para fazer a diferença", completou o diretor.

A exposição Junto às vítimas está no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República.

A mostra é formada por imagens de uma exposição do museu de l'Elysée Lausanne do fotógrafo suíço Jean Mohr, que retratou com olhar humanitário a situação das vítimas de conflitos armados no mundo, e fotos das ações humanitárias realizadas pelo CICV ao longo de mais de 150 anos de atuação.

O Chefe da Delegação Regional do CICV para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, Lorenzo Caraffi, inaugura a mostra.

O Chefe da Delegação Regional do CICV para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, Lorenzo Caraffi, chamou a atenção para o crescimento sem precedentes das crises humanitárias ao redor do mundo e para a drástica deterioração da situação em países como Síria, Iraque, Iêmem e Sudão do Sul. "Essas crises", disse, "Não impactam apenas um país. Elas têm dimensões regionais ou até globais". Caraffi ressaltou que a realidade chama a todas e todos a dar maior atenção às vítimas, em especial aos civis, que mais sofrem os efeitos de conflitos armados e emergências.

O Embaixador da Suíça no Brasil, André Regli, lembrou ao público que, neste momento, 60 milhões de pessoas em todo o mundo estão em fuga.

Encerrando a cerimônia de abertura da mostra, André Regli, embaixador da Suíça no Brasil, lembrou que as fotos de Jean Mohr mostram seres humanos que sonham com uma vida em segurança e paz. "São fotos de pessoas que vivem na guerra e que são confrontadas com a guerra a cada dia, mostram o rosto humano na miséria".

As imagens são projetadas na cúpula do museu, durante a noite.

Regli lembrou ao público que, neste momento, 60 milhões de pessoas em todo o mundo estão em fuga. Isso representa um terço da população brasileira e mais de oito vezes mais que a população da Suíça. O embaixador disse que independentemente dos motivos das guerras, quer sejam elas por razões políticas ou religiosas, as vítimas sempre serão os civis. Na Europa, afirmou Regli, o principal assunto que preocupa a população é a crise dos refugiados. "A solução para a crise dos refugiados na Europa só será possível com um esforço comum de toda a sociedade e de todos os países", sentenciou.

 

Na área interna, são exibidas imagens das ações humanitárias realizadas pelo CICV ao longo de mais de 150 anos de atuação.

Com entrada gratuita e livre para todos os públicos, a mostra "Junto às vítimas - A Suíça Humanitária e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)" fica em cartaz até o dia 4 de outubro, com visitação de terça a domingo, das 9h às 18h30, para a área interna, e 24 horas, na área externa.

A mostra fica em cartaz até o dia 04 de outubro, no Museu Nacional da República, em Brasília.

A programação conta ainda com visitas guiadas para estudantes e com exibição de filmes os dias 23 e 30 de setembro, às 19 horas, com projeção de fotos na cúpula.

Fotos: Alan Santos/CICV