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Nova onda de violência provoca um aumento nos deslocamentos na República Democrática do Congo

A República Democrática do Congo é o segundo maior país da África, sendo rico em minério. No entanto, é também um dos países mais pobres do mundo – tendo sido devastado por conflitos durante quase a totalidade dos últimos 20 anos.

Décadas de instabilidade, conflito armado e violência intercomunitária deixaram milhões de pessoas vulneráveis a violações do Direito Internacional Humanitário (DIH).

A população tem suportado um sofrimento enorme, incluindo deslocamentos, separação de famílias, saques, abusos, ferimentos e mortes violentas. Segundo o Relatório Global de 2017 do Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno (IDMC, na sigla em inglês):

 Em 2016, houve 922 mil novas pessoas deslocadas na República Democrática do Congo, o maior número em termos mundiais, mas a crise recebeu relativamente pouca atenção internacional.

- No final de 2016, estima-se que 6,9 milhões de pessoas precisavam de assistência humanitária de urgência – incluindo mais de 4,2 milhões de crianças. Atualmente existem 3,8 milhões de deslocados dentro do país.

A atenção recente sobre a República Democrática do Congo focou na região de Kasai que compreende nove das 26 províncias do país.

Desde agosto de 2016, a violência e distúrbios vêm partindo a região em pedaços, causando muitas vítimas. O sistema de saúde está desmoronando e a violência obrigou aproximadamente 1,6 milhão de pessoas a fugirem das suas casas.

Mesmo assim, a situação humanitária na Rep. Dem. do Congo continua recebendo muito pouca atenção internacional.

O fato de que o país possui o maior número de pessoas deslocadas internamente no mundo em 2016 não chegou às manchetes.

Enquanto isso, os civis continuam enfrentando as consequências do conflito armado, em que participam forças armadas, grupos armados, milícias e facções, e as suas necessidades de proteção permanecem, em geral, sem serem atendidas. A República Democrático do Congo consiste em uma das maiores operações do CICV na África – e uma das que menos recebe fundos.

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